quinta-feira, 8 de maio de 2008

Carta de Princípios do “Seminário: Economia Solidária, Soberania Alimentar e Agroenergia”


Edson Pilatti da Fundação Unitrabalho lê a carta no início do Seminário


O Seminário: “Economia Solidária, Soberania Alimentar e Agroenergia” marca o início de um plano de ação no sentido da promoção do desenvolvimento territorial sustentável e solidário para o fortalecimento da cadeia produtiva da agroenergia na agricultura familiar nas regiões noroeste e centro-norte do Paraná.

A defesa da soberania alimentar e energética é o tema que permeia os debates que se realizam nos principais fóruns de discussão mundial na atualidade. Questões como o aquecimento global e a sustentabilidade da vida no planeta tem relação direta com esse tema.

Reflexões desenvolvidas no âmbito da Primeira Conferência Nacional Popular de Agroenergia realizada em Curitiba entre os dias 29 a 31 de outubro de 2007, demarcam e reafirmam as grandes diferenças entre a civilização desejada pelos movimentos sociais organizados e a civilização implementada pela lógica do lucro e do mercado, que devasta a natureza, concentra a riqueza e o poder nas mãos de poucos e gera pobreza e desigualdade social.

Nesse sentido, queremos igualmente reafirmar nosso compromisso com a construção de uma civilização baseada em uma relação de harmonia entre a humanidade e a natureza, assentada em valores éticos em que prevaleça a igualdade como premissa para a justiça social e ambiental e que respeitem todas as formas de vida.

A produção de alimentos é a finalidade prioritária a ser feita da terra, da água, do sol, do ar, do subsolo e da biodiversidade, que devem ser conservados proporcionando trabalho e qualidade de vida para quem nela vive e trabalha.

Assim, a soberania alimentar e energética é o direito do povo a produzir e controlar os alimentos e a energia para atender suas necessidades.

A agroenergia deverá ser produzida de forma diversificada e complementar à produção de alimentos, baseada nos princípios da agroecologia. Ao mesmo tempo é necessário construir uma economia que se integre nacionalmente a esse processo de produção agroenergética de forma sustentável.

Nesse sentido, reafirmamos os princípios da economia solidária e da autogestão como um modelo organizativo a ser adotado na nossa relação produtiva com a natureza com adoção de práticas agroecológicas.

A produção e a gestão na forma de pequenas unidades energéticas, comunitárias ou familiares sob controle dos camponeses ou comunidades tradicionais é o modelo energético popular e descentralizado que queremos construir, pois expressa as necessidades sociais e as características e potencialidades locais e regionais.

Assim, a agroenergia produzida pela agricultura familiar e a utilização racional de recursos disponíveis e viáveis para a produção energia na pequena propriedade e sua eficiência, a exemplo da imensa possibilidade oferecida pelos resíduos orgânicos, resultará também numa melhor relação humana com o meio-ambiente.

Torna-se, fundamental o comprometimento mútuo do estado por meio de suas instituições com políticas públicas que garantam crédito, assistência técnica e condições para que os camponeses produzam agroenergia em pequenas unidades de produção, pois cabe ao Estado brasileiro estimular, normatizar e controlar a política de soberania energética em nosso país.

Para isso, são necessários instrumentos, políticas e instituições públicas, que garantam o papel efetivo do Estado para gerir todo o processo de produção e comercialização de agroenergia no Brasil.

Maringá, 08 de Maio de 2008.



Paul Singer conversa com Prefeito de Londrina sobre a Economia Solidária na cidade


Singer conheceu a experiência local do Programa Municipal de Economia Solidária; ele foi recebido pelo prefeito Nedson Micheleti

O prefeito Nedson Micheleti esteve reunido dia 7, à tarde, com o secretário Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego, Paul Singer, de passagem pela cidade acompanhado por Huberlan Rodrigues e Edson Pilatti, da Fundação Unitrabalho. O assunto debatido no encontro foi o Programa Municipal de Economia Solidária. Paul Singer, formado em Economia e Administração com doutorado em Sociologia, após o encontro seguiu para a Cooperativa de Produção Agropecuária Vitória (Copavi), em Paranacity (noroeste do Estado) e no dia 8 participou de seminário em Maringá.

Participaram do encontro que ocorreu no Hotel Bristol, a secretária de Assistência Social, Maria Luiza Rizotti, a coordenadora do Programa de Economia Solidária, Sandra Nishimura e o deputado federal André Vargas (PT). Para a coordenadora do Programa Economia Solidária, Sandra Nishimura, o trabalho realizado em Londrina vem se fortalecendo a cada dia. “A reunião com Paul Singer é uma oportunidade para se discutir a experiência do programa na cidade e em outros locais do país”, disse.

Paul Singer esteve na cidade pela última vez em 2005, quando participou do lançamento do programa de Economia Solidária. Quase três anos depois, ele avaliou positivamente o trabalho desenvolvido na cidade. “Londrina está na vanguarda, realizando políticas extremamente criativas”, observou. Para Paul Singer, a economia solidária está se diversificando. “É muito importante ligar o programa à luta de igualdade de gênero e o papel das mulheres nas ações de economia solidária”, ressaltou.

Conforme Singer de acordo com o último mapeamento divulgado no começo deste ano, existem no Brasil 22 mil empreendimentos que trabalham com a economia solidária. “Associados a eles estão 1,7 milhão de trabalhadores”, afirmou. Na avaliação da secretária de Assistência Social, Maria Luiza Rizotti, o encontro serviu como incentivo e uma oportunidade de avaliar os números do programa”, disse.

O Programa Municipal de Economia Solidária foi criado em 2005 e conta com a coordenação da Secretaria de Assistência Social, por meio do Programa do Voluntariado Paranaense (Provopar).
(Londrina, 7 de maio de 2008)

Fonte Prefeitura de Londrina

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Paul Singer e João Pedro Stédile conhecem assentamento da Copavi

O Secretário de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego, Paul Singer e o líder do MST, João Pedro Stédile, se encontraram na quarta-feira, às 18 horas, na Cooperativa Vitória (Copavi), assentamento do MST, em Paranacity/PR, conhecido como modelo de economia solidária e produção coletiva, na região.

Com muitos anos dedicados a economia solidária e há cinco no Governo, ele conhece diversas experiências do Brasil e em outros países, mas esta foi a primeira vez que visitou um assentamento dos Sem Terra. "Estou muito impressionado com o que estou vendo, este é um modelo, mas não é o único, mas o mais importante é que os princípios tem que ser os mesmos, garantindo há mais completa igualdade entre todos, que seja autogestionária e a democracia funcione," revelou o economista e professor Paul Singer.

João Pedro Stédile, ressaltou que o importante é ter objetivos comuns e saber o que não dá certo e conhecer as alternativas. "Este conceito da Economia Solidária é importante para que todos busquem nas diferentes relações formas para construir uma sociedadae mais justas e vocês estão dando um exemplo, para todos", observou Stédile.
Durante a visita eles conheceram as diferentes formas de produção do assentamento que existe há 15 anos na Região. O Prefeito Mario Yanamoto relatou o sofrimento dos Sem Terra quando chegaram ao local. “No início não conhecíamos o MST e tínhamos aquela visão de baderneiros, depois que passamos a conviver com eles na vida real percebemos que é um movimento social muito importante e que faz justiça social com os trabalhadores. Temos satisfação nesta parceria que vem dando certo. Nossa cidade que nem aparece no mapa é visitada por várias missões interancionais e o pessoal fica impressionado. Vamos caminhar juntos e desta maneeira conseguiremos avançar cada vez mais”.

O presidente da Cooperativa Jaques Pellenz mostrou todas as dependências do assentamento e mostrou as reformas e melhorias que fizeram no local e disse que depois que eles conseguiram construir casas boas para morarem a vida melhorou. Ele lembrou dos outros militantes do movimento que vivem em lonas e observou que o resultado de todo este esforço coletivo tem a participação das parcerias com o Município, o Estado, Governo Federal e instituições. “Isto tudo é o resultaodd esta energia somada”, concluiu

São 24 famílias, assentadas em 230 hectares, que há 15 anos, de forma coletiva, baseadas na agroecologia produzem 800 litros de leite pasteurizado por dia, queijo, yogurte e também criam frangos e porcos. Toda a produção de alimentos é ecológica e serve para o abastecimento do assentamento e para comercialização.
Há mais de 10 anos também plantam cana-de-açucar, fabricam 120 litros/dia de cachaça e 1500 kg/dia de açúcar mascavo. Esta produção é exportada para Espanha e França via Rede Mundial de Comércio Justo.
O empreendimento usa energia solar para desidratar e produzir frutas secas e uma das características da organização da Copavi é a não existência de lotes unifamiliares. A terra, o trabalho e todas as atividades são coletivos como: lavanderia, padaria, refeitório e até o cuidado com as crianças.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Projeto de agroenergia e produção de alimentos será apresentado durante Seminário em Maringá


O objetivo principal do Seminário Economia Solidária, Soberania Alimentar e Agroenergia, que se realiza dia 8 de maio, no teatro Marista, das 8 às 18 horas, será apresentação de uma proposta de produção de agroenergias no Noroeste e Centro Norte Paranaense, com apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Secretaria do Estado de Abastecimento e Agricultura (Seab) e instituições como Itaipu Binacional.

O projeto consiste em capacitar 240 agricultores pelos princípios da Economia Solidária e da Agroecologia e implantar agroindústrias para a produção de agroenergia em 31 assentamentos, 9 cooperativas e associações dos pequenos agricultores, envolvendo um total de 2400 famílias, de 16 municípios.

A partir da capacitação, as comunidades irão elaborar um plano de negócios, que prioriza a produção de agroenergia complementar a produção de alimentos, sem monoculturas, apostando na diversidade da produção e garantindo a preservação do meio ambiente. Como por exemplo: o uso dos biocombustíveis, da biomassa, de biodigestores, da energia solar.

O projeto pretende ser piloto e desenvolver novas tecnologias sociais em arranjos produtivos autogestionários, servindo como objeto de estudo para construção de novas metodologias, técnicas e para a produção científica.

As entidades proponentes e executoras são a Fundação Unitrabalho, através do Núcleo da Universidade Estadual de Maringá e Sindicato dos Engenheiros (Senge-PR), com apoio do Programa Brasil Local (Secretaria Nacional de Economia Solidária - Senaes) em parceria com o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e agricultores familiar, dessas regiões.

As inscrições podem ser feitas pelo e-mail seminarioagroenergia@yahoo.com.br, na página do Nùcleo da Unitrabalho-UEM ou no blog http://economiasolidariaeagroenergiaparana.blogspot.com/.

Fones (44) 3261.4492 (44) 3261.3893 (44) 3261.3785

sexta-feira, 2 de maio de 2008

João Pedro Stédile e Paul Singer visitam modelo de experiência autogestionária de Economia Solidária



Aproveitando a participação no seminário sobre Economia Solidária, Soberania Alimentar e Agroenergia que ocorre no dia 8 de maio em Maringá, o lider do MST, João Pedro Stédile, e o secretário da Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Paul Singer, visitam o modelo de experiência autogestionária na Economia Solidária e agricultura familiar, no assentamento da Cooperativa Vitória (Copavi), em Paranacity, às 16 horas, do dia 7 de maio. O assentamento fica na saída da cidade em direção a Inajá.

São 22 famílias, assentadas em 230 hectares, que há 15 anos, de forma coletiva, baseadas na agroecologia produzem 800 litros de leite pasteurizado por dia, queijo, yogurte e também criam frangos e porcos. Toda a produção de alimentos é ecológica e serve para o abastecimento do assentamento e para comercialização.
Há mais de 10 anos também plantam cana-de-açucar, fabricam 120 litros/dia de cachaça e 1500 kg/dia de açúcar mascavo. Esta produção é exportada para Espanha e França via Rede Mundial de Comércio Justo.
O empreendimento usa energia solar para desidratar e produzir frutas secas e uma das características da organização da Copavi é a não existência de lotes unifamiliares. A terra, o trabalho e todas as atividades são coletivos como: lavanderia, padaria, refeitório e até o cuidado com as crianças.

Seminário já está sendo divulgado na midia local
O evento é realizado pela Fundação Unitrabalho, Núcleo da Unitrabalho-UEM, Universidade Estadual de Maringá (UEM) e Sindicato dos Engenheiros - Senge/PR.
As inscrições podem ser feitas pelo e-mail seminarioagroenergia@yahoo.com.br ou na página do evento.
Outras informações pelos fones (44)3261-4492, 3261-3893 e 3261-3785.