Após meses de curso de capacitação, os esforços dos recicladores do Paraná.foram reconhecidos através de solenidade de formatura ocorrida no dia 30 de setembro, em que 423 catadores, de 17 municípios, receberam o certificado que lhes conferiu a possibilidade de realizar um trabalho mais qualificado na coleta seletiva, separação e comercialização do material, além da gestão das cooperativas, o PROJETO CATAFORTE é executado no Estado do Paraná pelo Instituto Lixo e Cidadania.
Na manhã que antecedeu o evento, os formandos participaram do Ciclo de Debates Abralatas, com o tema principal "A lata de alumínio e o desenvolvimento sustentável", no qual os recicladores puderam delinear o ciclo de vida da lata de alumínio, desde a prateleira até o processo de reciclagem.
Srª. Marilza Aparecida Lima e o Srº Carlos representaram o Movimento Nacional dos Catadores de Matérias Recicláveis – MNCR no evento.
Ao final da manhã, os formandos seguiram para o restaurante Madalosso onde, após o almoço, participaram da cerimônia de entrega dos diplomas do Curso de Capacitação, Na oportunidade, em solenidade de formatura, diversas autoridades presentes, entre elas o representante da Fundação Unitrabalho, Edson Pilatti efetuou a entrega dos diplomas.
De acordo com a Coordenadora do Instituto Lixo e Cidadania, Suelita Rocker, os cursos representaram o aumento da auto-estima dos recicladores e a consciência de que "reciclar é uma atitude inteligente; é muito mais que juntar coisas para ter lucro, é sim qualidade de vida para as famílias; é o equilíbrio do meio ambiente e a geração de trabalho e renda de forma digna e autônoma" comentou.
Representando a Diretoria de Trabalho e Renda da Fundação Banco do Brasil, o Assessor Luiz G de Carvalho, comentando estar muito satisfeito com o resultado do Projeto no Paraná, também fez a entrega de certificados para os catadores formados.
Para a Presidente da AREPI, associação do município Pinhais, e formada no curso dos recicladores, Ruth Maria Cavassani, o dia foi de festa. "Estou feliz e ansiosa para mostrar ao outros tudo que eu aprendi no curso, sobre o movimento e o meu trabalho com o reciclado" finalizou.
No mesmo dia da formatura, os Catadores, alunos do Projeto Cataforte, participaram de debate sobre latas de alumínio:
1º CICLO DE DEBATES ABRALATAS
Abralatas realizou na Quinta-feira, dia 30 de setembro de 2010, debate sobre coleta e reciclagem de lixo em Curitiba
A Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade (Abralatas) realizou, na quinta (30) de outubro, em Curitiba, o Ciclo de Debates: A Lata de Alumínio e o Desenvolvimento Sustentável.
Criada em 2003, a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade - Abralatas é uma associação civil sem fins lucrativos que reúne os fabricantes brasileiros de latas de alumínio para bebidas e que busca, através do compartilhamento de experiências, contribuir com o desenvolvimento e a ampliação da competitividade dessa embalagem no Brasil.
Sediada em Brasília-DF, a entidade foca suas ações na promoção de iniciativas que valorizam a imagem da indústria de latas de alumínio para bebidas perante a opinião pública, autoridades e meios de comunicação, além de ampliar as relações entre os diferentes elos da cadeia produtiva.
No evento, representes do governo, da Fundação Unitrabalho, Fundação Banco do Brasil, Instituto Lixo e Cidadania, do MNCR e das cooperativas de catadores de lixo e do Ministério Público e do Trabalho debateram aspectos econômicos sociais e ambientais relacionados à utilização e reciclagem da lata de alumínio
Através da realização de palestras e seminários, a Abralatas propõe a discussão sobre novas práticas capazes de maximizar a qualidade dos métodos de industrialização, comercialização e administração do setor.
A responsabilidade ambiental também é uma prioridade da associação. Reduzir os impactos ambientais e apontar novos estudos sobre a reciclagem das latas de alumínio para bebidas são temas sempre presentes nas ações promovidas pela Abralatas, pois a adoção de medidas que incentivadoras gera resultados positivos para a natureza e para a sociedade.
Dessa maneira a Abralatas contribui diretamente para o desenvolvimento da indústria de embalagens para bebidas, além de incentivar a adoção de ações sociais e ambientais que colaboram com a preservação e com a geração de emprego e renda
O evento contou com a participação do Diretor de Operações da Aleris e coordenador da Comissão de Reciclagem da Associação Brasileira do Alumínio – ABAL, Hênio de Nicola, procuradora do Trabalho do Ministério Público do Trabalho no Paraná, Margaret Matos de Carvalho, membro da Comissão Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, Marilza Lima, procurador de Justiça e coordenador das Promotorias de Meio Ambiente do Ministério Público do Estado do Paraná, Saint-Clair Honorato Santos, Assessor da Fundação Unitrabalho para o Projeto Cataforte no Estado do Paraná, Srº Edson Pilatti, entre outros...
Um dos temas debatido foi a Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS, sancionada pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva, que altera o sistema de coleta e reaproveitamento do lixo e atribui responsabilidades para governo, indústrias e consumidores sobre os produtos descartados. As cooperativas de catadores, devido à importância que conquistaram no país como trabalho de coleta de materiais reciclados, foram incluídas na PNRS como fundamentais no sistema, para atuar em parceria com as empresas
Com a aprovação, o texto da PNRS traz diretrizes sobre o tratamento e o destino dos materiais descartados diariamente. Prevê a chamada "Responsabilidade Compartilhada", que envolve sociedade, empresas, prefeituras e governos estaduais e federais na gestão do resíduo A política cria o sistema de logística reversa, que obriga fabricantes, distribuidores e vendedores a realizarem o recolhimento, a reciclagem e a destinação ambiental correta de resíduos após o consumo - como no caso de agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos, lubrificantes, lâmpadas e eletrônicos.
A aprovação da PNRS permitirá a cobrança de ações efetivas tanto dos municípios quanto das empresas sobre o recolhimento de embalagens e resíduos. A reunião ponderou as declarações do coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Proteção ao Meio Ambiente do Paraná, Saint Clair Honorato Santos, que em reportagem afirma que a lei vai estimular a participação das empresas e dos catadores na coleta e destinação adequada desse material, reduzindo a ação do poder público. Ele acredita que, com as empresas se associando aos catadores, a coleta desses resíduos procederá de forma organizada, permitindo grande ganho social, gerando trabalho, renda e solucionando o problema da poluição ambiental.
A promotoria, portanto fará essa fiscalização, que será simples, consultando os municípios e direcionando todo o trabalho para as cooperativas para que dêem a destinação correta aos resíduos e buscando garantir que só entrem nos aterros os materiais que não podem ser reaproveitados
O coordenador do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), Severino Lima Júnior, acredita que a política irá fortalecer o trabalho das cooperativas. Segundo ele, a lei inicialmente nem citava o nome "catador de materiais recicláveis" e hoje, o texto aprovado pelo Congresso e sancionado pelo Presidente da República, reconhece a categoria como parte importante do processo de gerenciamento de resíduos urbanos, prevendo também o apoio das prefeituras, que terão que implantar programas de coleta seletiva de material em parceria com as cooperativas. Severino afirmou que a lei vai ser ainda regulamentada e que o movimento continua acompanhando para garantir algumas nuances importantes em relação aos catadores.
O Movimento tem a expectativa de que as indústrias e o governo aproveitem o sistema de coleta que já é feito pelas cooperativas para programar a “logística reversa" e esperamos a garantia das indústrias de que esse material passe pela mão do catador e não criem outras estruturas logísticas para atender a lei.
O Projeto Cataforte é patrocinado pelo Governo Federal, Ministério do Trabalho e Emprego/SENAES e executado pela Fundação Banco do Brasil, pela Fundação Unitrabalho e Instituto Lixo e Cidadania no Paraná, faz parte de um conjunto de ações de apoio e Assistência Técnica imprescindível à organização do movimento que necessita da formalização enquanto Cooperativas e a garantia de equipe capacitada para o bom funcionamento gerencial. Condição observada para estabelecer parcerias de mercado com a Indústria geradora e ao necessário acesso ao crédito, como está previsto no PNRS. Além de ser uma exigência do próprio mercado, declara o Srº Edson Pilatti, Assessor da Fundação Unitrabalho no Paraná.
O desafio, portanto, é prepararem-se para adentrar um mercado potencial gerado pelo novo sistema de logística reversa, que obriga fabricantes, distribuidores e vendedores a realizarem o recolhimento, a reciclagem e a destinação ambiental correta de resíduos após o consumo, em parceria com as cooperativas.
Considera-se, portanto, avanço importante para a organização econômica do MNCR, pois estabelece relações com representantes da cadeia produtiva do alumínio e que será benéfica a todos os catadores.
Fórum intermunicipal lixo e cidadania de Maringá, Sarandi e Paiçandu
Na última terça-feira, 19, foi lançado o Fórum Intermunicipal Lixo & Cidadania – Maringá, Sarandi e Paiçandu. As cidades paranaenses abrem o espaço para discussão da gestão de resíduos e inclusão social dos catadores e separadores. O Lançamento do Fórum Intermunicipal Lixo & Cidadania – Maringá, Sarandi e Paiçandu, tem como proposta ser um espaço de discussão da gestão de resíduos e inclusão social dos catadores e separadores – associados ou não – que participam deste processo.
A iniciativa de convocação deste fórum é do Ministério Público do Trabalho, através do procurador Fábio Aurélio da Silva Alcure. Participam ainda da coordenação colegiada o município de Paiçandu (representante das cidades), o Cesumar (representante da sociedade civil), a Coopercentral (representante das cooperativas de catadores), o Instituto das Águas (representante do poder público).
Abaixo o cartaz do evento:
De acordo com o procurador do Ministério Público do Trabalho, o Fórum deverá desenvolver políticas para a erradicação do trabalho infantil e juvenil nos aterros sanitários, incentivar a organização dos catadores em associações e a proteção do meio ambiente por meio do fechamento dos lixões, recuperação de áreas degradadas e do estímulo à coleta seletiva.
O lançamento aconteceu às 19h no Anfiteatro Marista, na avenida Tiradentes, 963, em Maringá. Estarão participando Margaret Matos, Procuradora do Trabalho, representando o Fórum Estadual Lixo & Cidadania; Marilza Aparecida Lima, representando o Movimento Nacional dos Catadores de Matérias Recicláveis – MNCR; Edson Ikeda, pesquisador da UEM com experiência na área de Engenharia Sanitária, representando a comunidade acadêmica; e Manoel Ilecir Heckert, promotor de Meio Ambiente de Maringá, representando o Ministério Público.
Após o lançamento o Fórum funcionará por meio de reuniões mensais, que, em princípio ocorrerão sempre às 8h30 nas segundas sextas-feiras do mês no horário das 8:30h da manhã. A próxima será no dia 12 de novembro.
Veja no Link abaixo Matéria na Televisão Local:
http://www.rpctv.com.br/parana-tv/2010/10/forum-intermunicipal-lixo-e-cidadania-e-lancado-em-maringa/
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