terça-feira, 29 de abril de 2008

Unitrabalho deverá desenvolver projeto ligado à energia renovável e economia solidária


Equipe de Unitrabalho com o reitor
Na semana passada, representantes do núcleo incubadora e do programa nacional Unitrabalho apresentaram ao reitor Décio Sperandio a proposta de um projeto de produção agroenergética em arranjos produtivos autogestionários nas unidades familiares, a partir das premissas da economia solidária. A idéia é que o Núcleo Unitrabalho da UEM execute o projeto. Participaram do encontro os professores Márcio Mendes Rocha, Celene Tonella e Huberlan Rodrigues, além do assessor técnico da Unitrabalho, Edson Leonardo Pilatti, e o diretor do Sindicato dos Engenheiros do Paraná (Senge), Sérgio Inácio Gomes.

O grupo também convidou o reitor a participar do seminário Economia Solidária, Soberania Alimentar e Agroenergia, que será realizado no dia 8 de maio no Teatro Marista. O evento, que terá início às 8 horas, deflagra a discussão sobre o tema, visando à integração de parceiros preocupados com o atual modelo de matriz energética, buscando novas formas de energias a partir da sustentabilidade e da economia solidária.

Entre as participações no evento, destacam-se o professor Paul Singer, da Secretaria Nacional da Economia Solidária (Senaes), e João Pedro Stédile, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Também estarão representadas no seminário as seguintes instituições: Itaipu Binacional, Eletrosul, Copel, Seab-PR e o Ministério do Desenvolvimento Agrário, além de outros órgão públicos e privados


Fonte

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Seminário debate economia solidária e agroenergia familiar






O Seminário Economia Solidária, Soberania Alimentar e Agroenergia, ocorre dia 8 de maio, no Teatro Marista, das 8h às 18h, na cidade de Maringá (PR).
Na programação estão previstas as conferências do líder do Movimento Sem Terra, João Pedro Stédile, sobre “Agroenergia e o Agronegócio – o modelo de desenvolvimento e a soberania alimentar”, e do professor e secretário Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego, Paul Singer, sobre a “Importância da Economia Solidária para a organização coletiva da agricultura familiar”.

O objetivo do seminário é apresentar uma proposta de produção agroenergética e estimular práticas autogestionárias, organizadas pela cadeia produtiva da agricultura familiar, através do modelo de organização coletiva e da Economia Solidária, para a diversificação de suas culturas, tornando viável a produção de biocombustível como alternativa ao modelo de monocultura.

O seminário terá a apresentação da experiência de organizações autogestionárias do campo e da cidade, apresentação das políticas governamentais de incentivos às agroenergias com soberania alimentar e mesa redonda sobre as ações e programas de apoio às energias renováveis.

Inscrições e informações
Fones (44) 3261.4492 (44) 3261.3893 (44) 3261.3785

Ou seminarioagroenergia@yahoo.com ou na página do evento.

Realização
Sindicato dos Engenheiros (Senge/Maringá)
Universidade Estadual do Maringá (UEM)
Fundação Interuniversitária de Estudos e Pesquisas sobre o Trabalho (Unitrabalho)

Patrocínio
Itaipu Binacional, Eletrosul e Copel

Apoio
Governo Federal - Secretaria de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego (Senaes/MTE), Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA)
Governo do Paraná - Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab)
Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge/CUT)

Participação
Cooperativa dos Trabalhadores Metalúrgicos de Canoas (CTMC), Rede BioBrasil S.A; Cooperativa BioLeite; Escola Milton Santo; MST (Brigadas das Regiões Envolvidas); Associação de Cooperação Agrícola dos Agricultores Assentadoss no Noroeste do Paraná (Acanp); Associação Construindo o Caminho da Reforma Agrária (Accra), Assentamento do Pólo de Paranacity; Centro de Formação e Pesquisa Ernesto Guevara (Cepag); Cooperativa de Comercialização Avanta Ltda (Coana); Copavi; Instituto Emater, Corau.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Oficina de Planejamento para elaboração do Projeto Regional para o Desenvolvimento da Agroenergia no Fortalecimento da Agricultura Familiar

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Nos dias 7 e 8 de Abril de 2008, o Parque Tecnológico de Itaipu (PTI) foi o ambiente para a realização da oficina de Planejamento Estratégico para elaboração do Projeto Regional para o Desenvolvimento da Agroenergia no Fortalecimento da Agricultura Familiar das Regiões Noroeste e Centro-Norte do Paraná.

A oficina foi organizada pela Itaipu com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento de mais um projeto envolvendo aspectos ambientais, sociais, econômicos e de geração de energias renováveis.

SENGE/PR apresenta projeto para as entidades parceiras

O projeto Regional para o Desenvolvimento da Agroenergia no Fortalecimento da Agricultura Familiar das Regiões Noroeste e Centro-Norte do Paraná foi apresentado pelo diretor do Sindicato dos Engenheiros do Paraná (Senge - Regional de Maringá) Sérgio Inácio, as entidades parceiras e movimentos sociais, com o objetivo de envolvê-los no processo de planejamento e execução.

A oficina reuniu representantes da
Itaipu Binacional (Parque Tecnológico Itaipu); Sindicato dos Engenheiros (Senge) Regional Maringá, Emater, Embrapa; da Rede Bio Brasil (Santa Mar
ia, Porto Alegre/RS), CTMC (Canoas); Secretaria Nacional de Economias Solidária (Senaes – Projeto Brasil Local); Universidade Estadual de Maringá (UEM/Unitrabalho - Maringá – PR) e Fundação Unitrabalho - São Paulo - SP. Movimento dos Sem Terra (MST): Copavi, de Paranacity/PR; Escola Milton Santos/MST, de Paiçandu/PR; da Coana/MST, de Querência do Norte/PR e Assentamento 8 de Abril/MST, de Jardim Alegre/PR.

Itaipu apresentou seus projetos socioambientais para a Região

A oficina serviu para apresentação dos projetos desenvolvidos pela Itaipu que servirão de referência no processo de aplicação do plano para as Regiões Noroeste e Centro-Norte do Paraná.

Projeto Cultivando Água Boa

Desde 2006, a Itaipu Hidrelétrica ampliou sua missão assumindo responsabilidade social e ambiental. Essa mudança de conceito implicou num trabalho junto aos municípios lindeiros a bacia Hidrográfica do Rio Paraná.

Criado para cuidar da água, do solo e da vida, o programa Cultivando Água Boa desenvolve iniciativas de sustentabilidade ambiental em 29 municípios da área de influência da usina.

Ao todo, são 18 programas, 70 projetos e 108 ações de responsabilidade socioambiental desenvolvidos na verdadeira unidade de planejamento da natureza, que é a bacia hidrográfica.

O trabalho envolve 29 municípios e 57 microbacias, num total de 1.247 instituições parceiras, entre universidades, órgãos de diversas esferas governamentais, ONG’s e associações.

Através do Programa Cultivando Água Boa, os técnicos sensibilizam as comunidades, dão assistência técnica aos agricultores orgânicos, para diversificação da produção, cursos de capacitação, doação de mudas, apoio as comunidades indígenas, aos assentamentos e as cooperativas, além do monitoramento e avaliação ambiental.

Os técnicos da hidrelétrica mais do que se preocupar com a geração de energia estão investindo nas atividades sociambientais no entorno da Usina. "“Desde sua construção, a empresa fazia projetos para levar energia ao campo, hoje nós vamos ao campo para buscar a energia”, afirmou o assessor do diretor geral, Joel Lima, na abertura da oficina.

Plataforma Itaipu de Energias Renováveis
Outra importante política desenvolvida a partir desta nova missão foi apresentada pelo assessor técnico Cícero Bley.

Segundo ele a represa precisou se reinventar e produzir energia com responsabilidade social. "A maior hidrelétrica do mundo teve esta felicidade de contribuir no processo com o que as comunidades mais precisam: a energia". Para ele a energia, entre todas as atividades é uma das que pode gerar futuro, ao se compreender e investir no uso das energias renováveis disponível no ambiente.

A nova direção da Itaipu, a partir de 2003, assumiu a responsabilidade de facilitar a implantação de uma dimensão na produção de energia investindo na geração de energia distribuída na região tendo como base o biogás: a agroenergia. O biocombustível é uma parte e pode gerar a bioeletricidade. "Esse processo gera uma eficicência energética regional, reduzindo as emissões de gases do efeito estufa e promovendo a oportunidade de reduzir a pobreza", explicou Bley.

"As pessoas estão acostumadas à energia no atacado, que é para o desenvolvimento geral de uma nação por exemplo a Itaipu. Mas tem a energia no varejo, que é complementar e serve para o desenvolvimento específico. A energia essencialmente agrícola é para o desenvolvimento sustentável. Esta é a nova energia que a plataforma Itaipu está gerando. Os agricultores também podem buscar novas plataformas energéticas, outras fontes como o sol e o vento.
Nosso clima é tropical somos ambientalmente adequados, para produzir energia de forma descentralizada. Este é o novo papel de Itaipu, a partir da nossa imagem institucional difundir este conhecimento, articulando as economias.", esclareceu Cícero.

Preocupação com o Lago Itaipu

O reservatório de Itaipu, com seus 1.350km de borda e 29 milhões de água, é tão grande que se toda a humanidade viesse beber nele, cada um levaria cinco mil litros de água, por isto a necessidade da empresa ter uma outra visão.

Com os processo de degradação ambiental toda a biomassa está caindo dentro do reservatório, comprometendo a segurança biológica. O processo de eutronilização (formação de algas) está pantanizando alguns braços da bacia do Rio Paraná e este processo gera gás metano, que é pior que o CO² para aumentar o efeito estufa. "Não tem mais como tratar", alertou Cícero Bley. Por isto a iniciativa da Itaipu é tratar essa matéria orgânica antes de chegar neste nível.

Transformando dejetos em dinheiro

As iniciativas são de tratar os dejetos orgânicos produzidos pelas empresas da região. Como exemplo Cícero mostrou uma grande empresa de frango, que produz 34 milhões de aves e gera uma quantidade enorme de matéria orgânica que é jogada na natureza. Para o funcionamento da indústria são necessários dois milhões de kwatts. A Itaipu fez um estudo sobre o consumo de energia para a indústria funcionar e percebeu que esta empresa pode gerar sua própria energia, a partir do tratamento dos seus próprios dejetos.

O excremento das aves que vai para a natureza, pode gerar energia suficiente para a indústria funcionar, trazendo uma economia para a empresa e melhorias para o ambiente, além de não depender da energia elétrica gerada pela Hidrelétrica.

A oficina organizada pelo Parque Tecnológico Itaipu (PI) serviu para os atores envolvidos e as parcerias se conhecerem e organizar sua primeira atividade em conjunto. Foi formado um grupo de trabalho para elaborar o plano para implantação do Projeto, até a realização do Seminário sobre Economia Solidária, Soberania Alimentar e Agroenergia, que ocorrerá em Maringá nos dias 7 e 8 de maio.

Comitiva visita projetos desenvolvidos na Região
No segundo dia, os participantes da oficina fizeram três visitas técnicas aos projetos ambientais desenvolvidos pela Itaipu Binacional na Região. Foram visitados as experiências de um assentamento dos Sem Terra, uma propriedade de agricultura familiar ecológica e uma criação de suínos, que produz e consome sua própria elericidade utilizando a bioenergia.

Visita ao assentamento dos Sem Terra

A primeira visita foi ao Assentamento dos Sem Terra, na BR 277, na antiga propriedade do Bamerindus, onde desde 2000, estão assentadas 80 famílias e no local está localizado o Instituto de Teologia e Pastoral (Itepa), que tem por objetivo realizar a formação técnica para os diversos assentamentos do MST da Região.

A área possui 70 hectares e é utilizada de forma coletiva, com produção para manter o centro e as atividades políticas. O trabalho voluntário faz parte da formação. O local está sendo recuperado e também realiza cursos técnico em saúde e de formação política. "O assentamento tem esta visão de escola, incentivando os trabalhadores a produzir de forma orgânica e cuidar do meio ambiente", relatou o coordenador regional do MST, Nildemar Gonçalves da Silva.


Através dos cursos de agroecologia, eles produzem tudo o que é consumido no assentamento desde a produção de leite, passando pelas aves, suinos e sementes. No local também são desenvolvidas pesquisas e já estã previsto um curso de agroenergia e a compra de uma máquina para processar as sobras e utilizar o biocombustível.

Agricultor familiar em Missal

A segunda parada aconteceu na propriedade de 14 alqueires do produtor ecológico Cláudio José Hilger, localizada em Missal. Na área, o agricultor cultiva apenas produtos orgânicos, sem o uso de agrotóxicos, inseticidas, herbicidas ou outro componente químico .

Hilger aderiu ao método há quase uma década e recebe suporte técnico da Itaipu por volta de cinco anos. “A Itaipu me fornece equipamentos, técnicos e faz todo o acompanhamento do plantio”, disse.

Na propriedade, planta-se soja, mandioca, frutas e cereais. Funciona ainda no local uma pequena agroindústria e panificadora onde são produzidos pães, bolos, doces, geléias e compotas.

Os produtos são comercializados em supermercados, padarias e em feiras orgânicas. Durante a visita, os participantes da oficina caminharam pelas plantações, esclareceram duvidas de cultivo com o próprio produtor e com os técnicos da Itaipu.

Depois saborearam um almoço caipira preparado especialmente com produtos orgânicos.“A idéia era apresentar para eles a parte prática dos projetos ambientais e esclarecer duvidas quanto ao apoio e a parceria da empresa aos agricultores e produtores da região”, frisou Paulino Motter, assistente da Diretoria Geral da Itaipu.

Visita ao projeto de biogás

O grupo seguiu logo na seqüência para o município de São Miguel do Iguaçu para conhecer o funcionamento da agroenergia na Granja Colombari.



Recepcionados pelo proprietário da unidade, José Carlos Colombari, os participantes da oficina entenderam todo o processo para a produção de energia a partir do biogás.

A energia produzida na plataforma origina-se dos dejetos das atividades agropecuárias do sítio, principalmente dos resíduos (urina e fezes) dos três mil suínos criados no local. Segundo explicou o produtor Colombari, a bioeletricidade gerada serve principalmente para o abastecimento de energia da propriedade. “Isso garante total autonomia para atendermos todos os serviços que precisamos realizar aqui dentro”, informou.


Se houver excedente de energia na propriedade a propriedade passa a produzir para a Copel, que mede o consumo que entra e que sai através de relógios que controlam o fluxo. Hoje, a empresa ainda não paga o agricultor pela eletricidade absorvida em casos de excesso. “Vamos negociar uma espécie de royalties por esse excedente a partir de maio”, disse Colombari.

Cícero Bley chamou atenção para o processo de produção de biogás que iniciou a partir da venda de créditos de carbono, para empresas estrangeiras. "As empresas vieram aqui compraram os créditos por dez anos e não deram mais nenhuma assistência para os agricultores. A lona por exemplo tem um prazo de validade de cinco anos. Neste sentido, a Itaipu agora assumiu este projeto para preservar o que é nosso", destacou Bley.
Nos últimos dois meses, a unidade produziu 650 metros cúbicos de biogás. Destes, 60% foi de metano e outros 40% de CO², queimado para não poluir o meio ambiente.

Com esta atividade os participantes conheceram os projetos desenvolvidos pela Itaipu para o desenvolvimento regional e desta forma vão poder avançar na elaboração do plano estratégico.


Segundo Cláudio Ritter, diretor da Rede Biobrasil, a oficina aparece como uma oportunidade para conhecer os projetos da Itaipu e também para estabelecer parcerias com empresas da agricultura familiar da região. “Estamos buscando conhecer fontes renováveis de energia e compreender os programas de agricultura familiar aplicados aqui na região oeste. A intenção é apropriá-los para a realidade da região norte do Estado”, disse Ritter.

Cícero Bley, coordenador da Plataforma Itaipu de Energias Renováveis, avaliou de maneira positiva o interesse pelos projetos desenvolvidos pela Itaipu e a integração com outras instituições ligadas a área ambiental no Paraná. “Vamos retransmitir nosso conhecimento para fazer valer o intercâmbio de experiências e espalhar pelo Estado projetos como o do biogás ou da agricultura familiar, que contribuam para a qualidade de vida das pessoas e para o desenvolvimento sustentável regional”, frisou.




Postado Por:

Redação e fotos Luis Henrique Silveira DRT/RS 7998

Engenho Comunicação e Arte Ltda

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Com informações Itaipu