Até o final de 2009 o Paraná deverá produzir 250 milhões de litros de biodiesel. Essa estimativa será concretizada quando entrarem em operação as plantas industriais previstas, sendo que a maior delas será a da Petrobrás no município de Palmeira. O número de produtores que cultivam oleaginosas para produção de biodiesel, hoje em torno de 1 mil, deverá avançar para cerca de 30 mil, prevê o coordenador do Programa Paranaense de Bionergia, Richardson de Souza.
As informações foram anunciadas no seminário “Ações do Iapar no Programa Paranaense de Bionergia”, realizado terça-feira (28/5) na Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, em Curitiba. No Paraná, o programa de bioenergia visa inserir a agricultura familiar no cultivo de oleaginosas para que seja uma opção de renda segura na propriedade.
Durante o seminário, o presidente do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), José Augusto Pichetti, entregou ao secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, os resultados dos trabalhos do Iapar sobre zoneamento agrícola que já está em vigor para o amendoim e para o girassol.
As duas maiores plantas industriais previstas no Paraná são da Petrobrás, no município de Palmeira, e da Agrenco, em Marialva. Outras empresas de menor porte, como Biolix, Biopar e Big Franco já estão instaladas no município de Rolândia.
A fase mais importante para a introdução de novas alternativas de plantio e de renda é o zoneamento agrícola, porque reduz as perdas da cultura em decorrência de problemas climáticos, disse Bianchini. A partir desses trabalhos a Secretaria e a Emater começam a trabalhar com a organização dos agricultores para a produção de oleaginosas com alto teor de óleo para produção do biodiesel. “Estamos semeando uma base sólida e importante para compatibilizar a produção de biocombustível que não seja competitiva com a segurança alimentar”, frisou.
“O desafio é compatibilizar a produção de oleaginosas para a produção de biodiesel sem competir com a produção de alimentos”, disse Bianchini. O secretário destacou a importância da substituição de fontes energéticas, que pode indicar o caminho para a agricultura ser menos dependente de energias não renováveis.
Para o diretor da Copel, Luiz Antonio Rossafa, o trabalho apresentado pelo Iapar é fundamental para orientar a produção e não levar nenhum produtor ou investidor a uma aventura desastrosa. Magron, do BB, destacou que o zoneamento agrícola para novas oleaginosas viabiliza o acesso ao crédito agrícola e do Pronaf para os pequenos agricultores.
Segundo o diretor técnico do Iapar, Arnaldo Colozzi, as culturas que estão em estudo no Paraná para produção de biodiesel são o amendoim, girassol, nabo forrageiro, colza, mamona e tungue. O girassol e o amendoim já estão com o zoneamento agrícola aprovado e a mamona, em fase de aprovação. Para Colozzi, o ideal é disseminar o cultivo dessas oleaginosas em áreas menos nobres, com dificuldades para o plantio de culturas alimentares. O objetivo da pesquisa é proporcionar opções de cultivo de oleaginosas o ano inteiro.
Fonte Biodiesel.com
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