O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura Filho, afirmou neste domingo (18), durante a abertura do Fórum Global de Energias Renováveis, que o Brasil vive um momento único no setor de energia. Ele avaliou como confortável a posição brasileira no cenário energético mundial e defendeu a construção de novas usinas hidrelétricas como prioridade para o País.
De acordo com Altino Ventura Filho, o Brasil se consolida como uma das poucas nações a chegar próximo da autonomia energética, ao mesmo tempo em que não precisa se preocupar com novas crises no setor elétrico em um horizonte próximo e fortalece a sua posição de modelo para a exploração de recursos de origem renováveis em escala planetária. Posição aparentemente tranqüila que, segundo o secretário, nem de longe significa conformismo.
Para ele, são necessários mais investimentos no setor, a começar por uma fonte que, apesar de fornecer mais de 90% da energia elétrica consumida no País, não utiliza nem metade da sua possibilidade de exploração em território brasileiro. “O Brasil aproveita um pouco menos de um terço do seu potencial hidrelétrico e, portanto, tem amplas chances de desenvolver a longo prazo essa fonte. E essa é nossa prioridade”, afirmou.
Mas o secretário também não desvia o foco de outras fontes renováveis de energia, que, segundo ele, podem ser extraídas aproveitando características geográficas favoráveis do Brasil. “Há possibilidades muito amplas, como o bagaço de cana, resultante da indústria do açúcar e do álcool, que já faz com que a biomassa seja uma das origens mais importantes para o País, já superando a hidreletricidade no nosso balanço energético total”, avaliou. Atualmente, o Brasil tem 46% da sua energia provida de fontes renováveis (hidráulica, eólica, solar e biomassa). A média mundial é de 13%. Índices que, de acordo com o secretário, devem crescer.
“Somos pioneiros no programa do álcool como combustível, que é um sucesso, e agora estamos entrando no biodiesel, que também deverá ter êxito a médio e longo prazo”, estimou. O fórum em Foz do Iguaçu, que conta com a presença de representantes de mais de 50 países, permitirá, segundo Ventura, uma grande troca de experiências para levantar as opções que se apresentam como as mais favoráveis ao aproveitamento das fontes renováveis. “Nesse contexto, o Brasil tem hoje uma liderança reconhecida internacionalmente”, destacou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário