Com muitos anos dedicados a economia solidária e há cinco no Governo, ele conhece diversas experiências do Brasil e em outros países, mas esta foi a primeira vez que visitou um assentamento dos Sem Terra. "Estou muito impressionado com o que estou vendo, este é um modelo, mas não é o único, mas o mais importante é que os princípios tem que ser os mesmos, garantindo há mais completa igualdade entre todos, que seja autogestionária e a democracia funcione," revelou o economista e professor Paul Singer.
João Pedro Stédile, ressaltou que o importante é ter objetivos comuns e saber o que não dá certo e conhecer as alternativas. "Este conceito da Economia Solidária é importante para que todos busquem nas diferentes relações formas para construir uma sociedadae mais justas e vocês estão dando um exemplo, para todos", observou Stédile.
Durante a visita eles conheceram as diferentes formas de produção do assentamento que existe há 15 anos na Região. O Prefeito Mario Yanamoto relatou o sofrimento dos Sem Terra quando chegaram ao local. “No início não conhecíamos o MST e tínhamos aquela visão de baderneiros, depois que passamos a conviver com eles na vida real percebemos que é um movimento social muito importante e que faz justiça social com os trabalhadores. Temos satisfação nesta parceria que vem dando certo. Nossa cidade que nem aparece no mapa é visitada por várias missões interancionais e o pessoal fica impressionado. Vamos caminhar juntos e desta maneeira conseguiremos avançar cada vez mais”.
O presidente da Cooperativa Jaques Pellenz mostrou todas as dependências do assentamento e mostrou as reformas e melhorias que fizeram no local e disse que depois que eles conseguiram construir casas boas para morarem a vida melhorou. Ele lembrou dos outros militantes do movimento que vivem em lonas e observou que o resultado de todo este esforço coletivo tem a participação das parcerias com o Município, o Estado, Governo Federal e instituições. “Isto tudo é o resultaodd esta energia somada”, concluiu
São 24 famílias, assentadas em 230 hectares, que há 15 anos, de forma coletiva, baseadas na agroecologia produzem 800 litros de leite pasteurizado por dia, queijo, yogurte e também criam frangos e porcos. Toda a produção de alimentos é ecológica e serve para o abastecimento do assentamento e para comercialização.
Há mais de 10 anos também plantam cana-de-açucar, fabricam 120 litros/dia de cachaça e 1500 kg/dia de açúcar mascavo. Esta produção é exportada para Espanha e França via Rede Mundial de Comércio Justo.
O empreendimento usa energia solar para desidratar e produzir frutas secas e uma das características da organização da Copavi é a não existência de lotes unifamiliares. A terra, o trabalho e todas as atividades são coletivos como: lavanderia, padaria, refeitório e até o cuidado com as crianças.
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